12.7.06

Cumprindo o papel da Imprensa II

A imagem da cabeçada de Zidane em Materazzi não pode ser veiculada. É, não pode. A grande indústria do entretenimente que enche os cofres da FIFA e fazem da Copa um grande negócio se faz, inclusive e sobretudo, com a venda da exclusividade das imagens e transmissão a algumas poucas emissoras e conglomerados de comunicação. No Brasil, na TV aberta, somente a Rede Globo pode exibir o caso. É uma nova fase da história da comunicação de massa: só quem tem dinheiro para pagar pode exibir ou ver o fato. A notícia é dinheiro - ou favor, já que a Globo pode ceder as imagens pra quem quiser.
E isso, provavelmente vai piorar. Nos EUA, desde a Guerra do Vietnan, o Exército não permite que jornalista independentes acompanhem as tropas para cobrir os conflitos. Naquela ocasião, o desastre político e militar mobilizou a opinião pública que passou enfaticamente a exigir a retirada das tropas americanas do sudeste asiático, pois estava bem informada pela cobertura jornalística. O Exército Americano não errou duas vezes. Na Guerra do Iraque (a de agora e a do início dos '90), os jornalista eram convidados, sim, senhores, convidados a cobrir a guerra junto às tropas. Quem tivesse qualquer postura independente não é chamado. E a cobetura por outro ponto de vista fica extremamente dificultada.
Da guerra no Iraque à Copa do Mundo, vai-se manifestando o poder dos Donos da Notícia, Senhores da Palavra - Dominadores do Mundo. Somente a internet está livre. Ainda...