Padecendo sob o Mingüante
Eu sou sionista. Pra quem não sabe que é isso (ou acha que sabe), sionismo é uma doutrina política nascida na Europa no século XIX que basicamente prega um Estado Judeu na Terra de Israel ou Palestina. Sinionismo, como toda agremiação política e ideológica, não é um monolito; daí temos sionismo de esquerda, de direita, religioso, secular, etc, etc... até mesmo há sionismo cristão.
Não sou a favor da formação de um Estado Palestino, seja nos territórios ocupados, seja como na resolução de 1948 (nem naqueles dias isso fazia sentino, quanto mais hoje...). Mas sou seguidor das palavras do Rabino Joseph Shulam, que diz, sabiamente, que os palestinos, apesar de não terem direito à terra, têm direitos na terra. Com isso quero dizer que, resumidamente, o status de território ocupado da Faixa de Gaza, Cisjordânia e Colinas de Golan é um erro. Ou o Estado de Israel anexa os territórios e oferece plena cidadania a todos os que lá residem, ou entrega os territórios para a formação de um Estado Palestino. Essa última opção é um mal menor em relação à ocupação.
Bom, como não poderia deixar de ser, tenho amigos e pessoas próximas que não concordam com minhas opiniões, e são, até, pró palestinos (no sentido de contrários a Israel). Certa vez na Kuyperiana (uma lista de discussão) eu disse que os desavisados esperassem. Esperassem para ver o que os militantes islâmicos fariam com seus patrícios cristõas. Toda a mídia dá noticía sobre "ataques israelenses", "massacres", "crimes" e toda sorte de abusos por parte de Israel. Entretando, nada se falou, nem freqüentou os site de notícias os pogroms de cristãos na Faixa de Gaza por milícias islâmicas.
Mas como só empatiza quem já sentiu a dor, de forma tímida começa um movimento pró-Israel e pró-ocupação entre cristãos palestinos. Eles sabiam que quando o inimigo externo saísse, eles seriam o novo alvo interno - eles, os infiéis. As incursões do exército israelense eram duras, mas não tanto quanto a vilania da polícia da ANP ou do Hamas. Quem esteve numa prisão palestina e numa israelense sabe do que está falando.
E foi uma grata surpresa o achado de um artigo do Der Spiegel tratando da situação de risco das minorias cristãs no Oriente Médio (leia o artigo em inglês); mas peca num ponto: sequer cita que há um oasis para comunidades cristãs: Israel.
Aliás, porque não há notícias sobre a ocupação do Tibet pela China, ou das Repúblicas Caucasianas pelos russos, dos curdos por turcos, a situação dos ciganos na Romênia, etc, etc, etc... Engraçado isso...
Não sou a favor da formação de um Estado Palestino, seja nos territórios ocupados, seja como na resolução de 1948 (nem naqueles dias isso fazia sentino, quanto mais hoje...). Mas sou seguidor das palavras do Rabino Joseph Shulam, que diz, sabiamente, que os palestinos, apesar de não terem direito à terra, têm direitos na terra. Com isso quero dizer que, resumidamente, o status de território ocupado da Faixa de Gaza, Cisjordânia e Colinas de Golan é um erro. Ou o Estado de Israel anexa os territórios e oferece plena cidadania a todos os que lá residem, ou entrega os territórios para a formação de um Estado Palestino. Essa última opção é um mal menor em relação à ocupação.
Bom, como não poderia deixar de ser, tenho amigos e pessoas próximas que não concordam com minhas opiniões, e são, até, pró palestinos (no sentido de contrários a Israel). Certa vez na Kuyperiana (uma lista de discussão) eu disse que os desavisados esperassem. Esperassem para ver o que os militantes islâmicos fariam com seus patrícios cristõas. Toda a mídia dá noticía sobre "ataques israelenses", "massacres", "crimes" e toda sorte de abusos por parte de Israel. Entretando, nada se falou, nem freqüentou os site de notícias os pogroms de cristãos na Faixa de Gaza por milícias islâmicas.
Mas como só empatiza quem já sentiu a dor, de forma tímida começa um movimento pró-Israel e pró-ocupação entre cristãos palestinos. Eles sabiam que quando o inimigo externo saísse, eles seriam o novo alvo interno - eles, os infiéis. As incursões do exército israelense eram duras, mas não tanto quanto a vilania da polícia da ANP ou do Hamas. Quem esteve numa prisão palestina e numa israelense sabe do que está falando.
E foi uma grata surpresa o achado de um artigo do Der Spiegel tratando da situação de risco das minorias cristãs no Oriente Médio (leia o artigo em inglês); mas peca num ponto: sequer cita que há um oasis para comunidades cristãs: Israel.
Aliás, porque não há notícias sobre a ocupação do Tibet pela China, ou das Repúblicas Caucasianas pelos russos, dos curdos por turcos, a situação dos ciganos na Romênia, etc, etc, etc... Engraçado isso...
3 Comments:
Interessante. Você sabe que eu curto bastante essa sua perspectiva, não é? Pois fique sabendo.
Eu acho interessante como a nossa mídia é viciada -- não há o mínimo interesse na imparcialidade.
Compartilho dos demais posicionamentos. E penso que esso deveria ser o compromisso de qualquer pessoa minimamente razoável.
Um grande abraço.
They were there before the Muslims.
Li o artigo. E ninguém ouse repetir aquilo por aqui.
Abraços.
Valeu, Gustavo. O que mais me impressiona é apatia e desinformação por um lado, e uma defesa afetada dos árabes e palestinos: como se posicionar em questões delicadas sem conhecimento de causa?
Não estou dizendo que não haja problemas com a ocupação israelense - disse isso no texto -, existem, e muitos. Entretanto, nesse caso, não há mocinhos e bandidos...
Abraço.
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