2.8.06

A Batalha do (ou pelo) Pingüim

Sou um entusiasta, e do tipo apaixonado. Apaixonado porque perco o foco, fico parcial e acho que tudo faz sentido a partir daquele "ponto de intesidade". O objeto do entusiasmo se torna uma espécie de buraco negro que captura o olhar. E atualmente estou nesse estado pelo Linux. É, o SO do Linus Torvalds e do Tux. Há um ano entrei em contato com uma distribuição Linux, o Kurumin - que um amigo (o Igor Miguel) instalara em seu PC em dual boot com Windows XP (pra quem não sabe "XP" é um acróstico pra "Xei de Pobrema"). Fiquei muito interessado, passei a ler desesperadamente na internet tudo o que podia sobre o Linux. A hitória do desenvolvimento desse Sistema Operacional é fantástica - e, com certeza, isso me interessou mais que o aspecto propriamente computacional. Sim, porque o Linux se tornou uma bandeira política, ideológica. Primeiro por ser resultado do esforço de desenvolvimento de uma comunidade global, possível por conta do contato a partir da Internet, e pelo ressentimento pelo que o mundo dos computadores se tornara depois que o Império da Micro$oft conquitou 90% dos computadores do mundo, e ninguém podia "brincar" com seus códigos fonte, uma vez que eram o máximo expente da filosofia do software proprietário. Os programadores estavam órfãos. Até que o Torvalds disponibilizou seu "UNIX-like" system (daí o nome Linux: Linus + UNIX).

Bom, há coisas demais na web escritas sobre isso, mas eu recomento a leitura desse open book de Eric S. Raymond, A Catedral e o Bazar (Wikipedia rocks!) - vale muita a pena. O fato é que depois de ler e ficar contagiado pelo "espírito Open Source" (e na trilha acabei topando com os conceitos destruidoramente revolucionário e seminalmente reconstrutores como Copyleft e Creative Commons), baixei e instalei em meu HD o Kurumin 5.0. Uma beleza. Mas aí, ao invés de um paraíso grego, encontrei o Éden pós-queda: dificuldades, linguagem diferente e necessidade de muito trabalho duro. Configurar a internet de banda larga foi um horror, obter ajuda nos fóruns da comunidade custa um pouco, e se seu problema for persistente, é melhor ter um amigo que entenda, porque senão...

Depois não consegui substituir programas, muito menos entender onde as coisas iam parar: a estrutura de diretórios é bem diferente. Comecei a compreeder que eu sou um usuário de mente escravisada pelo Windows way of computing. Tentei um distro nova, meio disconhecida naquela époda, o Ubuntu. Outra maravilha, lindo de morrer e usa o fantástido GNOME como ambiente gráfico. Bom, mas era preciso estudar. E os outros membros da família, com exceção de meu irmão, não estavam muito interessados na migração para outro Sistema Operacional. Pra complicar, meu HD pediu demissão (um Maxtor de 20 Giga muito problemático), e mais tarde a Placa Mãe "morreu". Meu técnico e Bom Samaritando (Robson da Golden Link), me salvou (outra vez) e conseguiu uma Asus novinha.

Acreitei que agora, finalmente, experimentaria os novos sabores oferecidos pelo Pingüim. Pobre André... a placa de rede que vem integrada na Placa mãe (uma Via Rhine) não era detectada de maneira alguma por nenhuma distro... (só pelo Windows), o que impossibilitava a conexão com o modem banda larga externo. Por causa da Internet, então, estou escravizado, ainda, na masmorra de Lord Gates.

Mas incentivo todo mundo a experimentar alguma distribuição Linux voltada para Desktop, em dual boot com Windows. Particularmente, estou (como toda internet) impressionado com a nova versão do Ubuntu, o 6.06 ou Dapper Drake. Muito bonito e funcional - só meu hardware que não ajuda.

Eu continuarei aqui. Se alguma boa alma quiser me ajudar a resolver alguns probleminhas e me oferecer saída desse drama kafkiano (ou seja, quiser me ajudar com o Linux) entre em contato por andretavares@walla.com.

Aqui estão alguns links pra quem quiser baixar as distros:

Ubuntu: oficial e no Brasil (também é possível pedir os CD's que são enviados gratuitamente e sem custo de frete pela Fundação Ubuntu)

Kurumin Linux (distro nacional desenvolvida por Carlos Morimoto)

Por fim, Linux não é fácil, mas é o futuro. Aprendam e se preparem.

Abraço